Nuevas Notícias

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Ó Mestre, o Mar se Revolta - Hinário Adventista do Sétimo Dia – Nr. 379

Ó Mestre, o Mar se Revolta

Letra: Mary Ann Baker (1831-1881)
Título Original: Master the Tempest Is Raging!
Música: Horatio Richmond Palmer (1834-1907)
Texto Bíblico: E, entrando ele no barco, seus discípulos o seguiram. E eis que se levantou no mar tão grande tempestade que o barco era coberto pelas ondas; ele, porém, estava dormindo. Os discípulos, pois, aproximando-se, o despertaram, dizendo: Salva-nos, Senhor, que estamos perecendo. Ele lhes respondeu: Por que temeis, homens de pouca fé? Então, levantando-se repreendeu os ventos e o mar, e seguiu-se grande bonança. E aqueles homens se maravilharam, dizendo: Que homem é este, que até os ventos e o mar lhe obedecem? (Mateus 8:23-27)

Acompanhe o hino no Youtube

1. Ó Mestre, o mar se revolta, as ondas nos dão pavor!
    O céu se reveste de trevas, não temos um salvador!
    Não se Te dá que morramos? Podes assim dormir,
    Se a cada momento nos vemos já prestes a submergir?
Coro:
    “As ondas atendem ao Meu mandar: Sossegai!
    Quer seja este revolto mar,
    A ira dos homens, o gênio do mal,
    Tais águas não podem a nau tragar,
    Que leva o Senhor, Rei do céu e mar,
    Pois todos ouvem o Meu mandar:
    Sossegai! Sossegai!
    Convosco estou para vos salvar;
    Sim, sossegai.”
2. Mestre, na minha tristeza estou quase a sucumbir.
    A dor que perturba minh’alma, eu peço-Te, vem banir!
    De ondas do mar que me encobrem, quem me fará sair?
    Pereço sem Ti, ó meu Mestre! Vem logo, vem me acudir!
3. Mestre, chegou a bonança, em paz eis o céu e o mar!
    O meu coração goza calma que não poderá findar.
    Fica comigo, ó meu Mestre, dono da Terra e Céu,
    E assim chegarei bem seguro ao porto, destino meu.





Veja a história deste hino 


Mary Ann Baker, a autora deste lindo hino nasceu em 16 de setembro de 1831. A tuberculose ceifou a vida dos seus pais e deixou-a órfã em tenra idade. Moravam em Chicago com a irmã e o irmão. Esse, um moço de excepcionais qualidades de caráter, começou a sofrer efeitos desta terrível doença. Das suas escassas economias, as duas irmãs conseguiram recursos para que ele viajasse à Flórida, ma esperança de que no clima mais ameno começasse a melhoria. Não lhes foi possível acompanha-lo. “Tudo em vão. Em poucas semanas o mal se agravou e o rapaz faleceu, longe do aconchego da família.” Não havia dinheiro para as irmãs irem ao seu enterro, nem para transportar o seu corpo para Chicago. Mary escreveu sobre esta experiência assoladora:
“Embora nosso choro não fosse ‘como outros que não têm esperança’ e embora tivesse crido em Cristo desde menina e desejasse sempre viver uma vida consagrada e obediente, tornei-me terrivelmente rebelde a esse desígnio da divina providência. Disse no meu coração que Deus não amava a mim, nem aos meus. Mas a própria voz do meu Mestre veio aclamar a tempestade no meu coração rebelde e me trouxe a calma de uma fé mais profunda e uma confiança mais perfeita.”
Foi logo depois desta maçante experiência que o Dr. Horatio Palmer solicitou a Mary Ann o preparo de um grupo de hinos sobre os assuntos das lições da Escola Bíblica da sua igreja Batista. “Um dos temas era Cristo Acalmando a Tempestade. Esta lição expressou tão vividamente a minha experiência, que este hino foi o resultado”
Nas palavras da inigualável hinóloga Henriqueta “Rosinha” Braga, a experiência de Mary Ann não apenas permitiu-lhe narrar com felicidade a passagem bíblica; mais do que isto, capacitou-a a expressar a profunda fé na atuação do Mestre, quando estamos prestes a submergir nas dificuldades, tristezas e impasses em que a vida nos enreda.
Imediatamente, o próprio Dr. Palmer escreveu a música para o hino, que tem beneficiado a muitos com a sua mensagem de fé. Publicou-o na sua coletânea Songs of Love for the Bible School(Cânticos de Amor para a Escola Bíblica), em 1874.
Depois disto, Mary Ann se empenhou de corpo e alma à União de Mulheres Cristãs Pela Temperança. Neste ministério teve oportunidade de observar, bem de perto, o sofrimento de irmãs, esposas e mães de alcoólatras cujas vidas naufragaram pelo degradante vício de beber. Depois de chorar com muitas destas mulheres ao lado da sepultura destes seus entes queridos, ela testificou: “Tenho chegado a sentir gratidão pelas doces memórias do meu irmão. O caminho de Deus é o melhor”.
Ao saber que seu hino também estava sendo uma grande benção em outros países. Mary Ann Baker disse: “Me surpreende muito que este humilde hino tenha atravessado os mares e sido cantado em terras bem distantes para a honra do nome do meu Salvador”.
Este hino logo foi incluído em outras coletâneas, Nos Estados Unidos, tornou-se tão amado que, em 1881, quando o Presidente Garfield foi baleado, ficou ente a vida e a morte, e finalmente morreu, este hino foi usado repetidamente em cultos em sua homenagem. Foi neste ano que a autora também faleceu.
Sankey incluiu este hino em Sacred Songs and Solos (Cânticos e Solos Sacros-1881), que o difundiu ao redor do mundo. Provavelmente foi deste hinário que o saudoso missionário William Edwin Entzminger o traduziu para o português em 1903 e o incluiu no Cantor Cristão. Esta bela tradução, muito fiel à leta original, fez com que o hino se tornasse um dos favoritos dos evangélicos brasileiros, também incluído em outros hinários, como nosso Hinário Adventista.
O Pedagogo musical Horatio Richmond Palmer nasceu em Sherburne, Estado de Nova Iorque, em 26 de abril de 1834. Pertencia a uma família de músicos, sendo seu pai e sua tia seus primeiros professores. Desde os nove anos cantou no coro do pai. Aos dezoito, começou a compor. Formou-se pela Academia de Música Rushford em Chicago e aos vinte anos tornou-se seu diretor. Serviu, ao mesmo tempo, como organista e regente coral da Igreja Batista de Rushford. Além de fazer o doutorado em Música pela Universidade de Chicago, estudou Música em Berlim e Florença.
Estabelecendo-se em Chicago depois da Guerra Civil, o Dr. Palmer tornou-se músico de renome. Editou jornais de música, escreveu livros, dirigiu festivais e convenções de música com grande sucesso. Organizou a União Coral Sacra, dando concertos com milhares de cantores. Num concerto no afamado Madison Square Guarden em Nova Iorque, regeu 4.000 coristas. De 1877 a 1891, foi o Deão da Escola de música de Verão do famoso centro de retiros Chautauqua (Nova Iorque). Publicou coletâneas muito parecidas como The Song Queen (A Rainha dos Cânticos), The Song King (O Rei dos Cânticos), The Song Herald (O Arauto dos Cânticos) e Concert Choruses (Músicas Corais de Concerto), além de livros didáticos sobre música. Palmer faleceu em 15 de novembro de 1907, em Yonkers, Estado de Nova Iorque.
Bibliografia: Rufin, Bernad, Fanny Crosby, Philadelphia, PA, United Church Press, 1976, p. 30

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Anúncios

COLÉGIO IAENE Livro Daniel

Arquivo do blog